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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Canto para Oxalá - Mauricio Tizumba e Trio + Fabiana Cozza

http://youtu.be/HGc3XdpTtu8

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quarta-feira, 3 de abril de 2013


sangiri-làgiri, 
Que racha e lasca paredes 
Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò 
Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio 
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je 
Ele olha assustadoramente para as pessoas antes de castigá-las 
Ó Ké Kàrà, Ké Kòró 
Ele fala com todo o corpo 
S' Olórò Dí Jínjìnnì
Ele faz com que a pessoa poderosa fique com medo
Eléyinjú Iná
Seus olhos são vermelhos como brasas
Abá Won Jà Mà Jèbi
Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca briga injustamente
Iwo Ní Mo Sá Di O
É em ti que busco meu refúgio.
Sango Ona Mogba
Bi E Tu Bá Wó Ile
Se um antílope entrar na casa
Jejene Ni Mú Ewure
A cabra sentirá medo.
Bi Sango Bá Wó Ile
Se Sango entra na casa
Jejene Ni Mú Osa Gbogbo
Todos os Orisa sentirão medo.


OYÁ, SENHORA DOS VENTOS E TEMPESTADES
OYA ORIRI
Oyá tão linda
que não se pode tirar os olhos de cima dela
EKUN TI NJE EWE ATA
Leopardo fêmea que come pimenta crua

Assim como os raios, relâmpagos e trovões são atribuídos a Xangô, os fortes ventos e as tempestades são considerados expressões do descontentamento de Oyá. A origem mítica do rio Níger (Odo Oya) é associada, também, a esta divindade. Um odu de Ifá faz a seguinte narração dessa origem: Em tempos de guerra, o rei dos nupe consultou o oráculo para saber como prevenir-se contra uma invasão. Ifá disse ao rei que, caso encurralado, desse uma peça de tecido negro para ser rasgado por uma virgem. Entre as virgens, o rei elegeu sua própria filha. Diante do pai, dos oráculos e generais, a jovem rasgou o tecido negro: O ya - Ela cortou. Atirou as duas partes no chão, sob o olhar esperançoso do povo nupe. O pano transformou-se em negras águas que começaram a fluir, transformando o núcleo do reino numa ilha protegida.
Alguns mitos a apresentam como originária da cidade de Irá. Outros, como nascida na ilha fluvial de Jebba, em terra nupe, também local de origem de Torosi, mãe de Xangô. Oyá era esposa de Ogum e lutava lado a lado com o marido, usando espadas forjadas por ele. Um dia Xangô, elegante e atraente, chegou à Forja de Ougam. Envolveu-se em amores com Oyá e, ao surgir uma oportunidade fugiram juntos enquanto Ogum estava muito compenetrado em seu trabalho. Mais tarde, ao dar-se conta do ocorrido, procurou a mulher por toda parte e terminou por encontrá-la na floresta. Golpearam-se mutuamente com as espadas, sendo Ogum partido em sete e Oyá em nove partes. Conforme Salami (1990) havia dezesseis rainhas rivais, competindo pelo privilégio de ter a preferência de Xangô. Oyá foi a vitoriosa, graças a seu charme, personalidade e elegância de movimentos.
Alguns de seus oriki assim a evocam:
Ela é grande o bastante para carregar o chifre do búfalo
Oyá, que possui um marido poderoso
Mulher guerreira, mulher caçadora
Oyá, a charmosa,
que dispõe de coragem para morrer com seu marido
Vendaval da Morte
A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo
Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota
Eepa, Oyá, que tem nove filhos, eu te saúdo!
O que Xangô disser, Oyá vai interpretar
Vocês não sabem que Oyá vai entender
o que Xangô nem acabou de dizer?
O que ele quiser dizer, Oyá é quem dirá
Oyá, Leopardo fêmea que come pimenta crua
Oyá, o orixá que apoia seu marido
Mulher poderosa e forte, possui um corpo perfeito
Oyá, a charmosa e elegante, a mulher bela
O Grande Vendaval, que também venta suavemente.

Há um mito que a descreve como tendo nascido em Iwo. Essa versão a apresenta como uma mulher que vivia triste por não conseguir casamento e que após perambular pelas cidades a esmo, foi encontrada por sua família em Irá. No retorno para casa encontraram Xangô acompanhado de uma de suas esposas: Oxum. Assim que viu Oyá, quis casar-se com ela e foi aceito imediatamente. Ela veio a ser sua esposa predileta: Entre os dezesseis orixás femininos nas mãos de Xangô, Oyá se destacou por sua beleza, elegância e força.
Recebe cultos em toda a terra iorubá, principalmente por parte das mulheres. Seu santuário guarda objetos simbólicos - a espada, o chifre de búfalo e pedras originárias do rio Oyá; um pote com agbo (água para banhar os iniciados); água pura, para ser bebida por mulheres que desejam tornar-se férteis ou por pessoas doentes; o assentamento de Xangô ou uma estatueta que o represente. Os iniciados preferem beber desta água em lugar de outra qualquer, pois ela contem o axé do orixá. As contas dos colares dos devotos de Oyá são de cor marrom.



Esse Texto Não é de Nossa Autoria ,Mas por sua Beleza e Informações nos  o  Postamos  pedidndo a autorização do Autor (a) em Respeito a Tão bela obra !

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Felicidade





Eu fui consultar um Babalaô, em busca da felicidade. Ele me disse para ir até a encruzilhada, que lá eu encontraria o Senhor da Alegria. Fiz minha oferenda, coloquei minha roupa branca e comecei minha jornada. Conheci Exú lá na encruzilhada, rodando com suas cabaças a balançar, e dando uma boa gargalhada. Perguntei se ele sabia onde morava a felicidade, Exú, então, me mandou seguir a estrada, que lá eu encontraria o Senhor dos Caminhos, que poderia me ajudar. 
Fui seguindo a estrada, na beira da mata. E no meio dela com sua espada e escudo, apareceu Ogum. Ele me disse que eu iria encontrar o que eu estava procurando se eu seguisse pela mata fechada e procurasse por Oxóssi.
Entrei na mata, e já estava quase desistindo de achar Oxóssi, de tanto que já havia andado. E então, apareceu um Faisão na minha frente. Era, sem dúvidas, o mais belo animal que eu já havia visto. O belo animal, então, se transformou em um grande e forte negro. Era Oxóssi. Ele me mandou ir até mais fundo da floresta, procurar por Ossayn.
Achei Ossayn, que me mandou ir procurar Obaluaye e Oyá no cemitério. Obaluaye e Oyá me mandaram ir para as montanhas, procurar por Xangô. Chegando às montanhas, fui guiado pelo rei de Oyó até os rios, onde, segundo ele, eu encontraria outros 5 Orixás que podiam me ajudar.
Chegando às águas doces, encontrei Obá no rio, Oxum na cachoeira, Logun-Edé na beira da lagoa, Oxumarê no céu, e encontrei Yewá no Sol. Eles me mandaram ir procurar pela maior e mais velha árvore na floresta. Lá fui eu novamente, entrar na floresta, dessa vez à procura de Iroko. Me deparei, então, com a árvore mais frondosa de todas. Iroko me mandou ir para a praia, procurar por Iemanjá. Ele me disse que, por mais cansado que eu estivesse, minha jornada estava acabando.
Caminhei e caminhei, até chegar na beira do mar. Junto com as ondas graciosas e bravas do mar, veio Iemanjá. A bela moça me mandou ir até o pântano e procurar pela anciã que vestia roxo. Fui até o pântano, onde Nanã veio me acolher. Ela me disse para ir até o reino de Ifé, que ficava depois dos campos brancos de Oxaguiã.
Saí do pântano, e estava passando pelos campos de Oxaguiã, quando ele surgiu em minha frente. Sua altivez e bravura me assustou, mas ele disse-me que não havia nada a temer, e que ele me guiaria até o que eu estava procurando.
Junto com Oxaguiã, fui indo até o reino de Ifé. Chegando ao portão daquele grande reino, Oxaguiã me mandou ir até os jardins mais belos do reino, que eu seria guiado por Ibeji até o castelo de Oxalufã. Fui andando pelas ruas do reino, e o que vi me deixou encantado. Pessoas vivendo com prosperidade, amor, saúde, harmonia e muita felicidade.
Chegando nos jardins do reino, dois meninos vieram me recepcionar. Antes que eu pudesse desviar, um pedaço de bolo me atingiu bem no rosto. Depois de me limpar, os meninos me conduziram até o castelo de Oxalá.
O velho senhor estava sentado em uma cadeira branca, rodeado por todos os Orixás pelos quais eu havia passado.
Eu fiquei tão irritado com eles que comecei a gritar:
- Se vocês já estão aqui, por que não me trouxeram direto para cá? Por que me fizeram andar tanto, me cansar tanto se podiam me trazer aqui tão rápido?
Exú, de prontidão, me respondeu:
- Ora, e quem disse que sua vida seria fácil? Você acha que, só por sermos Orixás, podemos dar tudo de bandeja para ti? - Exú soltou uma gargalhada.
- Não fale assim com ele, Bará. - Disse a bela Oxum - Ele é apenas um Ser Humano. Eles todos tem mania de querer que as coisas caiam do céu. Pobres homens. Sempre querendo ser mimados por nós, que temos condições de ajudá-los.
Com a ajuda de seu Opaxoro, Oxalufã se levantou e me disse:
- Você, meu filho, andou por todo o tipo de lugar. Enfrentou o Sol com Yewá, a mata com Odé, os mortos com Obaluaye e Oyá, as altas montanhas com Xangô e a chuva com Nanã. E tudo isso em busca da felicidade. Parabéns! Vou lhe mostrar a felicidade que tanto almeja. Aproxime-se, por favor.
Me aproximei daquele velho e franzino senhor, vestido todo de branco. Assim que me aproximei o suficiente, Oxalufã ergueu seu cajado e disse:
- A felicidade que você tanto quer esteve contigo o tempo todo, meu filho. - Oxalá apontou seu Opaxoro para o lado esquerdo de meu peito e disse: - Aqui. Sempre contigo.