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quarta-feira, 7 de março de 2012

Legado












Das vidas das bravas religiosas que têm registros escritos  reforçando acima
de tudo a Bahia como o berço sacerdotal do candomblé, temos:
Iyá Nassô, Adetá e Iyá Kalá, três negras africanas, representantes
importantes na história da afirmação do candomblé do Brasil com  a fundação do
Terreiro da Casa Branca. Este terreiro foi o primeiro a ser tombado como patrimônio
histórico nacional e a sua linha iniciática é exclusivamente feminina. (OLAVO, 2001)
Eugênia Ana dos Santos, conhecida por Mãe Aninha, nascida no ano de
1869, “filha de Africanos”, fazia doces e quitutes e o local servia como ponto de
encontro das pessoas do candomblé. Filha do Terreiro da Casa Branca após divergir
deste, funda o terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. Sabe-se que Salvador é uma cidade que tem
dentre as suas manifestações religiosas o evento denominado de “Lavagem’ que
consiste em uma romaria que se dirige para uma determinada igreja católica e lá
chegando realiza uma lavagem simbólica. Dessas lavagens a do Bonfim é das mais
conhecidas e desta a Mãe Aninha figura como precursora. Consta ainda da vida desta
religiosa a inserção das figuras dos Obás , “os 12 ministros de Xangô, cuja função, além
de religiosa, era cuidar da parte civil, por se tratar de pessoas importantes na sociedade
baiana.” Reconhecendo a  importância da luta pela participação em eventos, apresenta
comunicação denominada “Culinária Litúrgica”no II Congresso Afrobrasileiro
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.  Em
1936, Mãe Aninha tem uma audiência com Getúlio Vargas no Rio de Janeiro e como
resultado sai o decreto de liberação aos cultos religiosos. (OLAVO, 2001)
                                             
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A “missa pedida” era uma atividade que consistia em arrecadar fundos para a realização de alguma
obrigação espiritual para  um santo/orixá. Trajada a rigor as mulheres saiam com a imagem da entidade
religiosa por determinadas ruas e ao abordar as pessoas diziam: “Missa pedida prá ....”, citando São
Cosme e São Damião ou São Roque (Obaluaê) ou São Lázaro (Omolu). As pessoas faziam as doações
possíveis e no caso dos últimos santos recebiam   “pipocas” também conhecidas como “flores do velho”
em troca.
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Os bairros citados são da cidade de Salvador/Bahia.
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O II Congresso Afrobrasileiro foi realizado em 1937 na cidade de Salvador/Bahia.Mãe Senhora, Maria Bibiana do Espírito Santo, foi a sucessora de Mãe
Aninha e comandou o Ilê Axé Opô Afonjá  até 1967, ano em que faleceu. É considerada
uma das mais importantes mãe de santo do Brasil. Sob a sua direção o Afonjá
aproximou intelectuais, a exemplo de Jorge Amado, Vivaldo da Costa Lima, Antonio
Olinto, Zora Seljan, Juanita Elbein, Pierre Verger dentre outros que agregaram prestigio
ao terreiro em uma época de perseguição policial. (OLAVO, 2001, MARCOS, 2008)
Maria Stella de Azevedo Santos, mais conhecida por Mãe Stella de Oxossi,
assumiu o comando do Ilê Axé Opô Afonjá em 17 de junho de 1976. Uma das bandeiras
mais conhecidas dessa sacerdotisa é a sua posição crítica ao sincretismo entendido como
a fusão dos santos católicos aos orixás africanos. Das exposições públicas de maior
repercussão ao combate ao sincretismo, há o registro da sua participação na II
Conferencia Internacional da Tradição dos Orixás, realizada em Salvador em 1983.
Além de participação em eventos,  publica  livros e fundou  em 1984 o Museu do
Candomblé do Brasil. (OLAVO, 2001)

Ivonildes da Silva Fonseca
UFPB/PPGS-UEPB/CH


sexta-feira, 2 de março de 2012

Milagres do Orisá:                                                ...

Milagres do Orisá:


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: Caminhos de Oyá Um dos caminho que está ligado ao culto de Oyá é o...



                                                         Caminhos de Oyá












Um dos  caminho  que está ligado ao culto de Oyá 
é o caminho com  Onirá. 
Onirá, como o próprio nome sugere, 
foi uma sacerdotisa do culto à Oxum nas regiões Ilexá e Ijebu, na Nigéria.


Onirá fazia parte das mulheres guerreiras que guardavam os domínios de Oxum. 
Foi Onirá que ajudou Laro a fazer o grande pacto na região de Oxobo.
Onirá,  seria uma das filhas de Laro
é ela que no dia da festa de  Oxum, em Oxobo, 
carrega a cabaça contendo os objetos sagrados 
Onirá é a Arugba Oxum ou "aquela que leva a cabaça de Oxum". 
Isto porque, como conta a lenda , 
Onirá teria desaparecido dentro do rio e mediante a vontade de Oxum, 
reapareceu divinamente vestida.
Este é o motivo da associação de Onirá com Oxum.