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quarta-feira, 3 de abril de 2013


sangiri-làgiri, 
Que racha e lasca paredes 
Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò 
Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio 
O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je 
Ele olha assustadoramente para as pessoas antes de castigá-las 
Ó Ké Kàrà, Ké Kòró 
Ele fala com todo o corpo 
S' Olórò Dí Jínjìnnì
Ele faz com que a pessoa poderosa fique com medo
Eléyinjú Iná
Seus olhos são vermelhos como brasas
Abá Won Jà Mà Jèbi
Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca briga injustamente
Iwo Ní Mo Sá Di O
É em ti que busco meu refúgio.
Sango Ona Mogba
Bi E Tu Bá Wó Ile
Se um antílope entrar na casa
Jejene Ni Mú Ewure
A cabra sentirá medo.
Bi Sango Bá Wó Ile
Se Sango entra na casa
Jejene Ni Mú Osa Gbogbo
Todos os Orisa sentirão medo.


OYÁ, SENHORA DOS VENTOS E TEMPESTADES
OYA ORIRI
Oyá tão linda
que não se pode tirar os olhos de cima dela
EKUN TI NJE EWE ATA
Leopardo fêmea que come pimenta crua

Assim como os raios, relâmpagos e trovões são atribuídos a Xangô, os fortes ventos e as tempestades são considerados expressões do descontentamento de Oyá. A origem mítica do rio Níger (Odo Oya) é associada, também, a esta divindade. Um odu de Ifá faz a seguinte narração dessa origem: Em tempos de guerra, o rei dos nupe consultou o oráculo para saber como prevenir-se contra uma invasão. Ifá disse ao rei que, caso encurralado, desse uma peça de tecido negro para ser rasgado por uma virgem. Entre as virgens, o rei elegeu sua própria filha. Diante do pai, dos oráculos e generais, a jovem rasgou o tecido negro: O ya - Ela cortou. Atirou as duas partes no chão, sob o olhar esperançoso do povo nupe. O pano transformou-se em negras águas que começaram a fluir, transformando o núcleo do reino numa ilha protegida.
Alguns mitos a apresentam como originária da cidade de Irá. Outros, como nascida na ilha fluvial de Jebba, em terra nupe, também local de origem de Torosi, mãe de Xangô. Oyá era esposa de Ogum e lutava lado a lado com o marido, usando espadas forjadas por ele. Um dia Xangô, elegante e atraente, chegou à Forja de Ougam. Envolveu-se em amores com Oyá e, ao surgir uma oportunidade fugiram juntos enquanto Ogum estava muito compenetrado em seu trabalho. Mais tarde, ao dar-se conta do ocorrido, procurou a mulher por toda parte e terminou por encontrá-la na floresta. Golpearam-se mutuamente com as espadas, sendo Ogum partido em sete e Oyá em nove partes. Conforme Salami (1990) havia dezesseis rainhas rivais, competindo pelo privilégio de ter a preferência de Xangô. Oyá foi a vitoriosa, graças a seu charme, personalidade e elegância de movimentos.
Alguns de seus oriki assim a evocam:
Ela é grande o bastante para carregar o chifre do búfalo
Oyá, que possui um marido poderoso
Mulher guerreira, mulher caçadora
Oyá, a charmosa,
que dispõe de coragem para morrer com seu marido
Vendaval da Morte
A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo
Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota
Eepa, Oyá, que tem nove filhos, eu te saúdo!
O que Xangô disser, Oyá vai interpretar
Vocês não sabem que Oyá vai entender
o que Xangô nem acabou de dizer?
O que ele quiser dizer, Oyá é quem dirá
Oyá, Leopardo fêmea que come pimenta crua
Oyá, o orixá que apoia seu marido
Mulher poderosa e forte, possui um corpo perfeito
Oyá, a charmosa e elegante, a mulher bela
O Grande Vendaval, que também venta suavemente.

Há um mito que a descreve como tendo nascido em Iwo. Essa versão a apresenta como uma mulher que vivia triste por não conseguir casamento e que após perambular pelas cidades a esmo, foi encontrada por sua família em Irá. No retorno para casa encontraram Xangô acompanhado de uma de suas esposas: Oxum. Assim que viu Oyá, quis casar-se com ela e foi aceito imediatamente. Ela veio a ser sua esposa predileta: Entre os dezesseis orixás femininos nas mãos de Xangô, Oyá se destacou por sua beleza, elegância e força.
Recebe cultos em toda a terra iorubá, principalmente por parte das mulheres. Seu santuário guarda objetos simbólicos - a espada, o chifre de búfalo e pedras originárias do rio Oyá; um pote com agbo (água para banhar os iniciados); água pura, para ser bebida por mulheres que desejam tornar-se férteis ou por pessoas doentes; o assentamento de Xangô ou uma estatueta que o represente. Os iniciados preferem beber desta água em lugar de outra qualquer, pois ela contem o axé do orixá. As contas dos colares dos devotos de Oyá são de cor marrom.



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